Nós somos: Anna Junqueira, Geraldo, Maria Olívia e Rafaela.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Será que você rotula seus alunos/as quando faz avaliações ?

Até que ponto, como professores/as, não esteriotipamos nossas alunos/as?

Quando rotulamos os sujeitos por suas características consideradas ruins, esquecemos de olhar e compreender o todo daquele ser e daquele indivíduo nos resumindo a classificar e adjetivar pejorativamente. Essa perspectiva quando exposta para turma e/ou para o/a próprio/a estudante prejudica a autoestima do mesmo, que pode acabar acreditando e incorporando essa caracterização ruim deixando de acreditar em si próprio. 

É preciso cuidado para avaliarmos nossos/as estudantes. Se já fizemos uma rotulação desse/a estudante, será que é possível ter uma avaliação imparcial? 

A figura do/a professor/a tem forte influencia sobre o que os/a alunos/as pensam, portanto, devemos assumir uma postura de avaliação para o diálogo, valorização e auxílio dentro dos espaços/tempos do ensinar/aprender. 


Charge para reflexão

sábado, 4 de junho de 2016

Em outro contexto

A nota, a prova, o contexto
Avaliar por parte
Ou avaliar por inteiro?
Tantos textos lidos, tantos livros
Tantos trabalhos feitos.
Tantas horas sem dormir
E dormir pra quê?
Ficou muito, ficou pouco
Como sabê-lo sem avaliar?
Procure saber pela história de cada um
Todos deixam caminhos,
O que fiz, o que fizemos
E o que deixamos de fazer
Todos nós sabemos
Talvez não soubéssemos fazer
Ou não nos ensinaram
E nem aprendemos com nossas ferramentas.
Mas sempre soubemos que arredondando
Oito vírgula sete era nove
E nove vírgula oito era dez
Mas isso faz tanto tempo
Tempos de outras primaveras
Outras quimeras, outros sonhos
E vários pelo caminho desfeitos
Projetos, dúvidas, certezas...
Falávamos mesmo de quê?
Ah, do medo que ainda temos
De nos afirmar
Enquanto cidadãos de direitos
Ao voto, ao veto, ao grito
A tradição é uma senhora muito poderosa
Desfazê-la é para poucos
Uns loucos talvez



Funções da Avaliação 


sexta-feira, 3 de junho de 2016

Equidade ou igualdade ?



Essa charge nos traz mais uma reflexão. Será que a igualdade na maneira de avaliar é, de fato, algo bom para os/as educandos/as ou a equidade é o melhor caminho?

Refletindo com Mafalda

Mafalda nos traz nessa charge uma reflexão sobre a temática aqui proposta - avaliação da aprendizagem - de maneira cômica, a mesma nos mostra o quanto a avaliação pode ser cruel com os/as estudantes. Percebemos que, em muitos momentos, a avaliação torna-se poder e autoritarismo dos/as professores/as para com seus/as estudantes/as, tornando a relação do erro, da aprendizagem e da construção de conhecimentos tarefa não prazerosa.  


Compartilhamos com nossos leitores o seguinte vídeo que fala sobre "a importância e a necessidade de avaliar corretamente os alunos, passando o significado da avaliação e buscando entender que a mesma deve ser um processo para auxiliar no desenvolvimento cognitivo do aluno e não apenas classificatório".
Título do vídeo: O Papel da Avaliação na Aprendizagem
Link: http://ed.ted.com/on/CMofZjy4

Cipriano Luckesi e os três passos para uma boa avaliação.







Falar em avaliação da/na educação é fundamental citar e refletir com Cipriano Luckese.
(Para maior informação: http://www.luckesi.com.br/curriculo.htm) 

Em suas pesquisas e estudos sobre a temática da Avaliação da Aprendizagem este autor nos aponta que uma boa avaliação envolve três passos importantes, que são: 
  • Saber o ní­vel atual de desempenho do aluno (etapa tambémm conhecida como diagnóstico);
  • Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo educativo (qualificação);
  • Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar atividades, sequências didáticas ou projetos de ensino, com os respectivos instrumentos avaliativos para cada etapa).
 Segundo ele, a avaliação mesmo pontual e contínua só fará sentido quando esta considera e auxilia o desenvolvimento do/a educando.

Luckesi, de maneira didática, explica para nós educadores/as como fazer avaliações, anotações e/ou correções nos trabalhos de nossos/as educandos, ele nos ensina que enquanto é avaliado, o educando expõe sua capacidade de raciocinar". Essa é a razão pela qual todas as atividades avaliadas devem ser devolvidas aos autores com os respectivos comentários. Cuidado, porém, com o uso da caneta vermelha. Especialistas argumentam que ela pode constranger a garotada. Da mesma forma, encher o trabalho de anotações pode significar desrespeito. Tente ser discreto. Faça as considerações à  parte ou use lápis, ok?
Disponibilizamos aqui um documento oficial, elaborado em 2007 pelo MEC. Este documento conta com 5 volumes e que teve por finalidade ser lido pelos professores das escolas brasileiras e assim, gerar debate e reflexão sobre o tema currículo. Os 5 volumes foram distribuídos a todas as escolas de educação básica do país. O quinto volume trata de currículo e avaliação.

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag1.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag2.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag3.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag4.pdf

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf

Currículo e avaliação andam juntos, ou deveriam andar. É urgente uma necessidade de reestruturação do currículo atual, ainda engessado à conceitos antiquados. Tanto o currículo quanto a avaliação, são causas do fracasso escolar. Philippe Perrenoud, em seu artigo Sucesso na escola: Só o currículo, nada mais que o currículo, nos faz refletir sobre, e criticar a avaliação classificatória e excludente que ainda predomina em nossas escolas.

http://graduacao.cederj.edu.br/ava/pluginfile.php/136689/mod_resource/content/2/texto_5_Sucesso_na_escola_Perrenoud.pdf
Paulo Freire, nos deixou muitos ensinamentos. Um deles foi influenciar um movimento que ficou conhecido como Pedagogia Crítica. Totalmente contrário à educação tecnicista e alienante, Paulo Freire fez surgir a esperança de uma educação onde o educando seria não somente receptor de conhecimento, mas estaria ele na posição central, de receptor e de formador. Com a Pedagogia do Oprimido, Paulo propõe um método de alfabetização dialética, propondo uma nova relação entre professor, estudante e sociedade. Não há como se pensar em uma moderna avaliação, sem passar pelos sábios ensinamentos deste grande educador.
O que podemos tirar de lição das palavras de Freire e transportar para o campo avaliativo?

O que é avaliar? Pelo dicionário Aurélio, esta palavra significa: Determinar a valia ou valor. Calcular.
Se fizermos uma analogia, com a avaliação escolar o que teremos? Avaliar significa calcular a inteligência do aluno? Quanto ele aprendeu? Se aprendeu? Esta é uma concepção tão ultrapassada do termo avaliar, porém, infelizmente, ainda tão presente nos dias atuais.
Para refletirmos acerca do assunto, uma verdadeira aula, nos apresenta a concepção de avaliação, aos olhos do professor Cipriano Luckesi.

O intuito principal deste blog é realizar uma reflexão sobre o que, de fato, significa AVALIAR . Para enriquecer nossa reflexão, trago uma enriquecedora entrevista com a Professora Jussara Hoffmann, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Jussara é um dos principais nomes acadêmicos, na pesquisa sobre a avaliação, tendo livros publicados e inclusive uma editora voltada para este assunto, chamada Editora Mediação.
http://www.direcionaleducador.com.br/artigos/entrevista-jussara-hoffmann


https://www.youtube.com/watch?v=x6XnX6paLQA